Foto: Eduardo Ramos (arquivo)
Um bebê nasceu no estacionamento do Hospital Casa de Saúde na madrugada desta terça-feira (2). O fato inusitado aconteceu com a designer de unhas, Juliana Lauer, 27 anos. Ela deu à luz Romana que se apressou para nascer e o parto precisou ser feito dentro do próprio carro. A primeira filha da designer chegou ao mundo com cerca de 2,8 kg.
Quem planejava o parto, junto à família desde o início da gestação, era a doula Mariana Souque. Ela contou que, durante os meses de gravidez, a mãe participou de três consultas com ela para cuidar de todos os detalhes.
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– Esse é o trabalho da doula, oferecer um apoio físico, emocional e informacional a respeito de todo o período da gestação, parto e pós parto – explicou Mariana, sobre seu trabalho durante a gestação.
A Doula comentou que durante os dias que antecederam o parto apressado, Juliana estava tranquila, visto que o contato entre as duas era constante e, além disso, ela estava no período pródromos, que é considerado o momento em que ocorre a preparação do colo do útero para o início do parto.
– Durante a semana, ela teve algumas contrações bem espaçadas, algo que é bem comum nesse período. Ela estava com 39 semanas e devido a isso, em nenhum momento, a gente supôs que ela entraria em trabalho de parto – acrescentou.
Primeiros sinais
No início da noite, Juliana relatou via mensagem que estava sentindo contrações mais frequentes, sendo menos espaçadas, náuseas e um pouco de pressão baixa, situações comuns neste período.
Ocorrido dentro do planejado pela família e pela doula, Mariana optou por se deslocar até a casa de Juliana. Ela comentou que, ao chegar na residência, voltou a notar os mesmos sinais.
– As contrações estavam de seis em seis minutos, não estava sentindo uma dor muito grande entre as contrações. Estava tudo tranquilo – realtou a doula.
Por volta da meia-noite, as contrações aumentaram de intensidade e, de acordo com a doula, o trabalho de parto estava dando indícios de início. A família ficou em casa até cerca de 1h45min da manhã, quando a mãe estava sentindo fortes dores e o "puxo fisiológico", ato de involuntariamente fazer força para a saída do bebê.
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– Desde o primeiro puxo, ela relatou que estava sentindo a cabeça do bebê sair, o que não é comum, então nos deslocamos para o hospital. É totalmente incomum que a mulher tenha a vontade de fazer força e já sinta a cabeça do bebê, como foi com a Juliana – finalizou.
O deslocamento até a Casa de Saúde durou cerca de cinco minutos. Após chegarem ao hospital, a doula foi para dentro da unidade para chamar a equipe a auxiliar no deslocamento.
Após o deslocamento, foi decidido que o parto seria feito no carro mesmo, pois havia a possibilidade dela ganhar o bebê no trajeto até o local adequado do parto. Até o momento, mãe e filha se encontra no hospital aos cuidados da equipe médica.